quinta-feira, 28 de abril de 2016

A triste saga de Ramy Ashour

Localizado na Riviera do Mar Vermelho, o luxuoso resort turístico de El Gouna, localizado no Egito, é sede de um dos principais torneios do PSA - Professional Squash Association, com premiação de 150.000 dólares para o campeão. Sua importância também reside no fato de ser o home de metade dos dez melhores jogadores de mundo.
El Gouna, localizado na riviera Egípcia
Campeão em El Gouna nos anos de 2012, 2014 e 2015, o egípcio Ramy Ashour se sente literalmente em casa. No entanto, um pesadelo que vem enfrentando nos últimos 3 anos o fez se despedir mais cedo de El Gouna. Muito mais cedo, aliás, que muitas outras despedidas; desta vez, abandonou o torneio ao fim do segundo game em sua partida de estréia contra Marwan ElShorbagy. O motivo foi o mesmo: problemas na musculatura da parte posterior da coxa.

Ashour contra Mohamed ElShobargy

O carismático Ashour, hoje com 28 anos de idade, criou fama e colecionou um grande fã clube no squash mundial depois de completar 49 vitórias consecutivas em jogos oficiais, acumulando títulos, dominando o circuito e chegando a figurar na lista dos melhores jogadores de squash que já existiram. Entretanto, a partir de 2013, Ashour não tem conseguido completar mais de dois torneios seguidos e já perdeu mais de 18 meses de competição.

Quadra de vidro montada em El Gouna

Eliminado por desistência em El Gouna, Ramy Ashour mais uma vez deixou decepcionados os torcedores que lotaram as arquibancadas somente para vê-lo jogar. Porém, dessa vez, Ashour decidiu que era hora de dar uma satisfação aos fãs e resolveu abrir o jogo, contando mais detalhes do seu problema.
Ashour pôs a culpa em uma operação a que se submeteu no joelho quando tinha 13 anos de idade. Na ocasião, um enxerto (pedaço) de sua musculatura posterior da coxa foi retirado para reparar uma lesão no joelho e manter vivas suas chances de jogar squash profissionalmente. Infelizmente, embora seja um fato raro, não houve regeneração muscular para preencher o espaço deixado pela musculatura que foi retirada e hoje o atleta sofre as consequências da falta de músculo nesta região vital para quem joga squash.
Retração na musculatura posterior da coxa devido à retirada cirúrgica aos 13 anos
Em entrevista, Ramy explica que nenhum médico ou fisioterapeuta conseguiu explicar o fato de jogar um torneio completo sem sentir absolutamente nada e, no próximo, sintomas como espasmos profundos no quadril e irradiados para a musculatura posterior da coxa, surgirem do nada, fazendo-o desistir. Disse que ainda está à procura de um médico que resolva o problema. No final, ao mesmo tempo que expressa sua tristeza por estar deixando de fazer as pessoas felizes ao assistirem jogar, diz que tenta tirar algum proveito da situação ao ser forçado a abrir a mente para um mundo mais amplo. 
Os amantes do squash torcem pela sua plena recuperação!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

FSPB com nova Administração inicia o Campeonato Paraibano 2016



No final do mês passado, o então presidente da FSPB, Gilvandro Rodrigues, renunciou ao cargo por razões pessoais. O dirigente declarou que após 5 anos e meio de gestão desde a fundação da instituição, considerava sua missão cumprida com a realização do Campeonato Brasileiro de Squash sediado pela primeira vez em João Pessoa no final do ano passado, evento coroado de sucesso que levou a Paraíba ao vice-campeonato geral, atrás apenas do time de Minas Gerais. Com participação destacada em todos as competições nacionais nos últimos anos, nosso Estado já coleciona algumas dezenas de troféus e medalhas.

Após uma Assembleia Geral Extraordinária, foi eleito por aclamação o atleta e médico Alexandre Aranha, que já assumiu a condução da FSPB e iniciou o Campeonato Paraibano de 2016, com a empolgação de 40 atletas de João Pessoa e Campina Grande.

Os destaques desse início de Paraibano de Squash foram os estreantes. Daniel Madruga que só jogava por lazer, estreou na competição com toda potência vencendo André Gayoso sem dar qualquer chance. E o jovem acadêmico Matheus Fragoso, que tinha se afastado do ranking paraibano no ano passado, fez seu retorno derrotando o veterano Stanley Marx em duríssimos cinco sets.

No feminino, a novata Bárbara Porto, aluna aplicada e atleta promissora, fez uma bela estreia em campeonatos derrotando a experiente Patrícia Gouvea em extenuantes 3 x 2, indicando que o squash feminino local está em ascensão. Destaque-se que o momento é especial para as mulheres, antenadas na campanha mundial “This Girl Can” - Realmente, nossas garotas PODEM.

O próximo desafio dos nossos atletas é a Copa do Brasil 2016 em BH e o time está intensificando os treinos, aproveitando a competição local.